A maioria das pessoas passa a vida esperando aquela paixão que irá acelerar os batimentos cardíacos - o famoso amor à primeira vista. Mas poucas admitem que essa paixão pode trazer um sofrimento de igual proporção no caso de perda. Até onde se deve sofrer por amor?
A continuação da saga "Crepúsculo: Lua Nova" tem como centro a separação do casal mais famoso dos últimos tempos. Edward, em uma tentativa de proteger Bella, rompe a relação. Bella, por sua vez, acha que ser “apenas” uma humana não é o bastante para estar com ele.
Os livros da série venderam 77 milhões de exemplares em todo mundo. O primeiro filme da mais conhecida história de amor entre uma humana e um vampiro arrastou dois milhões de espectadores só aqui no Brasil. Fui conferir a primeiríssima sessão no Recife de "Lua Nova", à meia-noite do dia 20 de novembro. Entre fãs de todas as idades e pais notadamente coagidos a estarem ali, havia até um clone de vampiro brilhando no escuro.
O filme, concebido para agradar aos fãs, fez justiça ao livro - algo que parecia ser quase impossível. Desta vez, personagens secundários na primeira película ganham destaque. É o caso de Jacob Black, o índio Quileute amigo de Bella que se aproxima dela em um momento de muita dor e sofrimento. Seria possível cicatrizar tamanha dor, mesmo sendo um tipo diferente de monstro? Jacob é um lobisomem e tem o dever de proteger sua tribo dos “frios”. O ímã de Bella para criaturas sobrenaturais parece não ter mais fim.
As cenas de ação são mais constantes nessa nova produção. Na realidade, elas são o fio condutor da trama. A nova empreitada foi colocada nas mãos de um especialista em adaptações de livros para a telona - o diretor Chris Weitz, o mesmo de "A Bússola de Ouro". Com esta mudança e um significativo aumento no orçamento, o filme ganhou o patamar de grande produção e não mais um filme adolescente com uma atmosfera pesada e sombria que ficou devendo muito ao livro como foi o primeiro.
A história se expande e começamos a entender o mundo dos vampiros. Novos personagens foram adicionados à trama como os Volturis - vampiros italianos que são a realeza e a ordem do mundo dos bebedores de sangue. Para fazer o líder deles, chamado Aro, foi chamado o ator Michael Sheen. Sheen não é estranho a nós: ele fez o lobisomem escravizado por vampiros na série "Anjos da Noite" e o inesquecível Tony Blair em "A Rainha".
Outro reforço de peso foi Dakota Fanning, que dispensa apresentações, pela primeira vez na pele de uma vilã: a vampira Jane, que tem o poder de causar a ilusão de dor física em seu oponente. A trilha sonora que conduz a trama em vários momentos ganhou nomes de peso no cenário musical como Thom Yorke e Muse. Por essas e outras, esse é um filme completo. Todos os sentimentos estão presentes: o amor, o sofrimento, a amizade e a determinação. Na estreia, provocou gritinhos e suspiros nada timidos da plateia. Lua Nova é, com certeza, um sucesso.
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